A dor pode ser definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual ou potencial. É subjetiva e pessoal, envolvendo aspectos sensitivos, psíquicos e socioculturais do individuo e do meio ao qual está inserido. Sua presença é frequente em diversas situações que envolvem a assistência à saúde, tanto no âmbito hospitalar quanto fora dele.
Podemos dividir a dor em dois tipos: aguda e crônica. É essencial a distinção entre esses dois tipos, pois a fisiopatologia, as causas e os tratamentos são diferentes.
A dor aguda é limitada a um determinado período de tempo e de gravidade. Geralmente, é secundária à uma lesão, a processos inflamatórios ou à uma doença, sendo que, em alguns casos, pode cronificar.
A dor crônica é definida como dor recorrente e episódica (três episódios em três meses) ou contínua, de duração mínima de seis meses. Sua etiologia, muitas vezes, é incerta, levando a incapacidades e inabilidades prolongadas.
Está relacionada com a permanência ou aparecimento de alterações neurovegetativas. Os pacientes com dor crônica podem desenvolver depressão e deficiências psicomotoras associadas ao quadro álgico.
Devido à essas características, esses pacientes apresentam disfunções em atividades físicas, no sono, na vida sexual, transtornos de humor, baixa auto-estima, pensamentos negativos ou suicidas e podem levar à alterações de relacionamento familiares, de trabalho e de lazer.
Os sintomas podem ser : dor leve a intensa que demora a passar (mais que 6 meses); dor em queimação, cortante, em pontada; sensação de desconforto, peso, pressão, irritação e enrijecimento.
Podem estar associadas à fadiga, distúrbios do sono, diminuição do sistema imunológico e alterações de humor (irritação, ansiedade, stress, depressão, medo).
Dentre as causas de dor crônica podemos destacar: osteoartrose, artrite, fibromialgia. síndrome miofascial, polimialgia reumática, cervicobraquialgias, neuropatias, tendinopatias, lombociatalgias, etc.
A análise da dor deve ser feita por meio de questionários, escalas e avaliação multidisciplinar, a fim de discernir os componentes afetivo e sensitivo da dor. Uma remissão total e definitiva desses pacientes é rara, sendo o principal objetivo do tratamento melhorar a qualidade de vida dos acometidos.
Uma abordagem multidisciplinar é um modo efetivo de promover o alívio da dor. O tratamento deve englobar medidas medicamentosas, como o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, opióides, e também não medicamentosas, como fisioterapia, acupuntura e acompanhamento psicológico.
Para maiores informações veja :
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-0013201100020001